
Contudo, como o estudo deste elemento do nosso corpo é tão atraente e intrigante, apelou até à atenção de um mundialmente famoso publicitário – Alex Osborn. Proveniente dos Estados Unidos e também o autor de uma importante técnica de criatividade denominada brainstorming.
Mas o que é então isto de “Brainstorm”? É um termo oriundo da língua inglesa e pode ser traduzido como “tempestade de ideias”. Basicamente, é uma técnica que atualmente é utilizada por muitos profissionais e consiste numa exploração de ideias, visando a obtenção das melhores soluções (para uma qualquer situação mais ou menos pertinente e/ou relevante) a partir de um grupo de pessoas. Ou seja, esta técnica reside num espécie de “chuva de palpites” que pode favorecer ou não o surgimento de ideias novas que ajudem a resolver dilemas do dia-a-dia em sociedade.
Uma particularidade interessante deste processo é o facto de ser obrigatória a ausência de julgamentos ou de autocríticas. O que significa que todas as ideias são aceites mesmo que aparentemente absurdas. O objetivo é, então incentivar o grupo a libertar todo o seu conhecimento e criatividade, sem barreiras ou restrições. Este facto vai desenvolver a espontaneidade de cada um possibilitando assim um maior leque de soluções ou respostas em relação a uma determinada circunstância.

Esta técnica foi então elaborada, pela primeira vez por Alex Osborn com a propósito de conseguir obter boas estratégias publicitárias. No entanto, este senhor não se apercebeu que ao desenvolver esta técnica, estava também a estudar aspetos interessantes da mente humana. Com a obrigatoriedade da ausência de de julgamentos e autocríticas, os indivíduos do grupo dizem, quase que inconscientemente, tudo aquilo que lhes pareça relevante mesmo que completamente inesperado (e por isso mesmo, muitas vezes, inovador). Facto que demonstra que o ser humano, inúmeras vezes, se retrai, inibindo (ou recalcando) assim as ideias que à partida lhe parecem inúteis e completamente descabidas.
Cesarina Ferreira
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