O oposto de “vício” é “virtude”, tendo Margaret Mead dito que “A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”
Muitas pesquisas encontram uma relação direta entre prazer (imediato) e dependência, e o poder de atração para um novo ciclo de prazer-depressão, característico de todas as formas de vício.
Dessa forma, apesar de este comportamento ser explicado biologicamente, a sua avaliação social é paralela aos conceitos de mau, incorreto, indecente, antinatural, arriscado, doentio, perigoso, fatal.
De qualquer maneira, o vício é um conceito composto e indissociável, formado por diversas aceções que se sobrepõem aos mais diversos campos da ciência, mas filosoficamente isto é contraditório, já que o conceito de ciência não prescinde de moral ou ética. Para além disso, é um conceito contemporâneo (da forma como o conhecemos) que não existia há algumas décadas, sendo um complexo real e imaginário em torno da individualidade.
Por outro lado, quando se trata de dependência, seja ela física, psicossocial ou ambas, há grandes possibilidades de se encontrar medicamentos definitivos e de grande qualidade, que eliminem o vício nas suas diversas formas.
As pesquisas dessa linha de conhecimento fornecem dados a partir de experimentos com animais menos desenvolvidos psicologicamente que o homem como ratos, gatos e cães e outros animais, que não possuem realidade social, individualidade ou autoconsciência, como ocorre nos seres humanos.
Joaquim Oliveira
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