Numa clínica de doentes mentais é dada a entrada de mais um paciente, cuja saúde mental irá ser avaliada, para se decidir se este paciente sofre ou não de uma doença mental ou qualquer outro desequilíbrio psíquico.
Este paciente tem o nome de Randle Patrick McMurphy e veio de uma prisão estatal, depois de ter sido preso, fugindo assim aos trabalhos pesados da prisão.
De facto, McMurphy não era de todo são, porém, não havia qualquer indício de que ele fosse um doente mental e que justificasse a sua permanência naquela clínica.
Desde o primeiro dia de estadia, ele demonstrou grandes capacidades persuasivas e manipuladoras relativamente aos outros pacientes, e fez logo amizade com o Chefe Bromden, americano de descendência índia.
Ao longo da história, R.P.McMurphy demonstra uma grande inteligência, a qual se superioriza a todos os outros. Com esta, McMurphy consegue angariar algum dinheiro em jogos de mesa e apostas contra os seus colegas.
Depois de uma fuga, uma tentativa e ainda várias brigas dentro daquela clínica, este paciente é sujeito a uma lobotomia, cirurgia clínica desenvolvida pelo português Prémio Nobel da Medicina Egas Moniz, que consiste em cortar as ligações do lobo cerebral, fazendo com que o paciente não reaja emocionalmente, apresentando uma atividade emocional quase nula.
Chefe Bromden, vendo o seu amigo naquele estado, mata-o com a almofada, sufocando-o e foge daquela clínica.
A história deste filme de 1975 poderia retratar, em muitos aspetos, muitos casos que acontecem na sociedade de hoje em dia, começando no crime que McMurphy comete até à sua morte.
A violação que ele cometeu, nos nossos dias são dos crimes que mais se falam. Depois vem a prisão, possivelmente de alta segurança, e como McMurphy se vê perante uma vida difícil no estabelecimento prisional, finge ser um doente mental para que possa ser transferido para uma clínica de tratamento a doentes mentais, o que está a acontecer com Renato Seabra como bem sabemos.
Como a justiça é um contrassenso ao seu próprio nome, o desejo de R.P.McMurphy e este consegue estadia na tal clínica e por muita segurança que esta e todas as clínicas existentes nos dias de hoje possuam, os pacientes mais ousados conseguem escapar, podendo provocar graves danos na sociedade.
Depois de uma nova detenção, e uma breve punição ao paciente, as coisas voltam ao normal e toda a gente se esquece que este homem foi condenado por um crime, toda a gente se esquece que está a lidar com um "monstro". Assim, ele aproveita-se de toda a descontração da clínica para ir impondo a sua autoridade, facto atualmente presente em muitas clínicas do mundo.
Consegue a entrada de duas mulheres na clínica, consegue bebidas alcoólicas e consegue relações sexuais para um outro doente com um simples suborno ao guarda-noturno, o que na nossa sociedade é normalíssimo.
Porém, alguém "abre os olhos" e repara que aquela situação está descontrolada, sendo que submetem McMurphy a descargas elétricas e posteriormente a uma lobotomia incapacitando de vez o doente mental.
Em suma, esta é uma história veridico-fictícia que demonstra que a justiça nunca será totalmente justa.
Joaquim Oliveira
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