
Como na maioria das fobias, dá-se uma aceleração do batimento cardíaco, respiração superficial e ainda algumas reações nervosas. No entanto, a Aicmofobia apresenta uma diferença em relação à maioria das fobias: a tendência a desmaiar.
Admite-se que a maioria das pessoas com esta fobia e com aversão a sangue tenham histórico de desmaios nestas situações.
Os pacientes que possuem esta fobia tendem a ter pensamentos, visões e dor em relação à própria agulha. Isto pode oscilar entre tremores, calafrios até ao evitamento total de agulhas, o que leva as pessoas a evitar a realização de qualquer exame ao sangue.
Esta é uma fobia muito comum, no entanto, as pessoas que a demonstram não são fracas nem cobardes, elas já herdaram uma predisposição genética para o desmaio, combinada com uma experiência negativa que provoca o medo. A maioria das pessoas tem um familiar com a mesma resposta, o desmaio.
Isto acontece porque, como referi, os pacientes herdaram o que é chamado de ato reflexo vaso-vagal em reposta a esse medo e quando se deparam com uma agulha ou recebem uma injeção, é acionado o nervo vago, situado abaixo do crânio, que dilata os vasos sanguíneos e diminui a frequência cardíaca e a pressão arterial. Por fim, podem mesmo perder a consciência por alguns segundos.

O tratamento psicológico para esta fobia baseia-se no confronto entre os pacientes e as próprias agulhas, com vídeos, imagens e diálogo com um terapeuta sobre o assunto.
Para as pessoas que são mais vulneráveis aos desmaios, o ideal será aprender a técnica da "tensão aplicada", na qual as pessoas treinam o enrijecer dos músculos do corpo para aumentar a pressão arterial e evitar o desmaio e só depois se passa ao tratamento supracitado.
Joaquim Oliveira
Muito bom o texto! O que seria essa técnica de "tensão aplicada"? Como seria sua realização?
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