segunda-feira, 12 de março de 2012

Os grupos de pares

Primeiramente o grupo é constituído por elementos do mesmo sexo, mais tarde funde-se com grupos de sexos diferentes e por último desagrega-se o grupo para consolidar relações amorosas de casal. Os grupos de pares funcionam como fonte de afeto para alcançar autonomia dos pais. Com o corpo em fase de mudança os jovens sentem-se bem uns com os outros porque podem partilhar experiências entre si; quando se querem impor aos pais é junto do grupo de pares que procuram conselhos pois todos vivem mais ou menos as mesmas experiências.

As relações de amizade são mais igualitárias que numa família, pois nesta existem sempre os superiores hierárquicos que impõem alguma regra ou medida. A importância dada à amizade é mais notória nesta fase que em qualquer outra. Os adolescentes apoiam-se, são leais para com as suas crenças, partilham experiências, características da amizade dos adultos. O aparecimento destas características na amizade dos jovens evidencia uma fase de transição para a vida adulta e para com as suas preocupações. Quando confiam num amigo os jovens exploram os seus sentimentos e definem em conjunto a sua identidade e os seus valores pessoais. Uma amizade requer competências sociais elaboradas, o discurso é um elemento presente e os adolescentes têm de ser capazes de desenvolver uma conversa, lidar com conflitos e dar apoio. Os rapazes tendem a ter muitos amigos pois as suas amizades são mais voltadas para a acção, enquanto as amizades das raparigas são mais voltadas para a conversa e o apoio.
Quando um jovem cai na delinquência há tendência para culpar o grupo de pares. Essa propensão está errada pois o jovem procura um grupo em que se identifique, não é influenciado apenas pelo grupo, pois os jovens influenciam-se mutuamente.
Nuno Pedrosa

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