quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tem normas!

Muzaref Sherif
A influência social manifesta-se em três grandes processos, normalização, conformismo e obediência.
Como neste blogue já foi abordado o conformismo e a obediência, neste artigo vamos esclarecer o termo normalização.
Através do processo de socialização, integramos um conjunto de regras, de normas vigentes na sociedade em que estamos inseridos, e que regulam os nossos comportamentos.
As normas estruturam as interações com os outros, são aprendidas nos vários contextos sociais, sendo a sua aprendizagem muitas vezes inconsciente e são um fator imprescindível na nossa vida, permitindo uma certa estabilidade do meio e uma maior facilidade na aprendizagem de comportamentos. Por outro lado, sem as normas a relação interpessoal seria mais difícil, ou seja, não conseguiríamos descodificar, nem prever o comportamento das pessoas com quem estabelecêssemos uma interação. 
Para Muzafer Sherif, fundador da psicologia social moderna, as normas são “uma escala de referências ou avaliações que define a gama de comportamentos, atitudes e opiniões permitidas e repreensíveis”.
Partindo do conceito "quadro de referência", que se traduz, em geral, na tendência que os indivíduos possuem de organizarem as suas experiências e estabelecerem relações entre estímulos com o intuito de dar significado aquilo que é experimentado, Sherif executou uma experiência para mostrar como ocorre o processo de formação de normas. Basta colocar um indivíduo numa sala totalmente às escuras e acender uma luz fraca durante um momento e este verá a luz mover-se. Contudo, a verdade é que a luz mantém-se imóvel. 
Deste modo, tendo como base um estímulo ambíguo, Sherif colocou como hipóteses: numa situação marcada pela incerteza, um indivíduo procura estabelecer uma norma que lhe permita estabilizar a situação; numa situação marcada pela incerteza vários indivíduos que possuem estatutos equivalentes, poderão influenciar-se mutuamente por forma a produzir normas aceitáveis por todos; as normas estabelecidas numa situação de grupo manter-se-ão, aquando da posterior inserção de cada indivíduo isolado na mesma situação.
Assim, os indivíduos tinham que avaliar, numa sala completamente às escuras, a deslocação de um ponto luminoso, efetivamente fixo, e efetuar estimativas. 
Numa primeira condição experimental, os sujeitos são estimulados individualmente e, portanto, criam um quadro de referência (norma) individual. Posteriormente são colocados numa situação de grupo e fazem convergir as normas individuais para as normas de grupo. 
Numa segunda condição experimental é criado, inicialmente, um quadro de referência a nível grupal e, posteriormente, os indivíduos são colocados isolados na mesma situação. Neste caso, os quadros de referência continuaram a ser utilizados mesmo na ausência de um grupo, o que nos leva a concluir que os grupos são geradores de quadros de referência para a relação dos indivíduos com o meio que os envolve.
Em suma, Sherif afirma que “o fundamento psicológico do estabelecimento de normas sociais, tais como os estereótipos, as modas, as convenções, os costumes e os valores, é a formação de quadros de referência comuns enquanto produtos do contacto dos indivíduos entre si”.

Joaquim Oliveira

Auto Realização


       “Um músico deve fazer música, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, se realmente quiser estar em paz consigo mesmo. O que um homem pode ser, deve ser.” (Maslow)

        As necessidades de auto-realização correspondem ao nível mais elevado de existência humana, envolvendo o aperfeiçoamento e uso das nossas mais altas qualidades e capacidades: são o estádio final do nosso desenvolvimento – embora muito poucos seres humanos o atinjam.
       Segundo Maslow, as pessoas auto-realizadas possuem características comuns de personalidade:
  •     Atingem um elevado nível de desenvolvimento moral e se preocupam mais com o bem-estar das pessoas amigas e amadas, com a humanidade, relegando para segundo plano a preocupação consigo próprias;
  •   São criativas, espontâneas, inconformadas, dão valor à independência, à privacidade e simultaneamente, à amizade e intimidade;
  •             Empenham-se numa atividade mais pelo valor próprio que esta possui do que pela perspetiva e expetativa de fama e dinheiro.

      Maslow considerava que o número de pessoas que atinge a auto-realização é muitíssimo reduzido: largos milhões de pessoas estão a esse respeito limitadas, quer pelos padrões culturais do meio, quer pela terrível luta pela sobrevivência, daí a apatia e a alienação.
Rui Leitão

sábado, 26 de maio de 2012

"Nascidos digitais"

Numa pesquisa feita no âmbito das novas tecnologias, concluiu-se que pessoas nascidas depois de 1980 são multitarefadas e capazes de realizar várias atividades ao mesmo tempo. Estas, que nasceram conectadas à Internet, veem televisão, fazem os trabalhos de casa, partilham ideias nas redes sociais e ainda ouvem música, tudo ao mesmo tempo. O rendimento escolar é uma das áreas mais afetadas por este estilo de vida.
Ainda com esta mesma pesquisa, pode-se afirmar que estas pessoas, jovens, nascidos na era digital, alternam os meios de comunicação (Internet, tablets, smartphones, TV, revistas, consolas, entre outros) em média 27 vezes por hora. A constante alteração entre dispositivos mudam a maneira como estes jovens se focam nas tarefas a desempenhar. A sua atenção está cada vez mais superficial e menos concentrada. Os impactos nas questões sociais, educacionais e no mercado de trabalho são já notáveis.
Muitos destes encontram na Internet a possibilidade de serem autodidatas, isto é, que têm a capacidade de aprenderem sozinhos e apenas aquilo que é de interesse individual.
Os múltiplos estímulos, como os vídeos, os blogs e os fóruns de discussões, facilitam o processo de aprendizagem sobre os assuntos selecionados pelos jovens. 
Isto é excelente para o crescimento pessoal desses jovens, mas gera uma concorrência indisputável com as tradicionais aulas de matemática e geografia, por exemplo.
Novos métodos de ensino, mais dinâmicos e chamativos, terão de conquistar os jovens dentro das salas de aulas. Essa adaptação à cultura digital já começou a acontecer. Uma delas é o Youtube que para educar dispõe de vídeos educacionais dos mais variados temas. 
Muitas pessoas confundem o estilo de vida com o Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH), um problema de saúde mental que se caracteriza por um padrão de desatenção e hiperatividade elevado. 
Algumas curiosidades acerca destes jovens: 54% destes "nascidos digitais" preferem mandar mensagens de texto a falar com as pessoas por telefone; 65% levam os seus telemóveis para qualquer lado que vão; é possível que as empresas atribuam cada vez, aos seus funcionários mais jovens, o desenvolvimento de estratégias de marketing e média que se adequem ao comportamento dessa geração; são mais propensos a desenvolverem a nomofobia, o medo de ficar sem telemóvel ou qualquer outro aparelho de comunicação móvel.

Joaquim Oliveira

Sonhar é a melhor forma de superar!

Um estudo realizado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, comprovou que sonhar é uma espécie de terapia noturna. Isto acontece porque há um determinado estágio do sono, conhecido como REM (Rapid Eye Movement), na qual o químico do cérebro que provoca ansiedade se encontra desligada, o que nos permite processar emoções e libertar o peso das memórias mais difíceis. A investigação, dirigida por Matthew Walker, procura também explicar o motivo pelo qual certas pessoas que sofrem de stresse pós-traumático recuperam facilmente e não costumam ter pesadelos. De facto, o sono ajuda-nos a memorizar e a regular o humor. A equipa norte-americana salientou principalmente a importância da fase REM, na qual as memórias são reativadas, colocadas em perspetiva e posteriormente integradas.

Para estudo estudo, foram selecionados trinta e cinco adultos, divididos em dois grupos. Cada equipa tinha como tarefa ver cerca de cento e cinquenta imagens de carga emocional elevada, duas vezes por dia, durante um intervalo de doze horas. Enquanto isso, o cérebro dos voluntários era monitorizado por ressonância magnética. O horário dos grupos era variável: um grupo via as imagens de manhã e à noite, enquanto o outro via as mesmas imagens à tarde e pela manhã, após uma noite de sono. Ora, o último grupo apresentou uma redução significativa ao nível de reação emocional, revelando uma diminuição da atividade cerebral na zona responsável pelo processamento das emoções. A atividade cerebral durante o sono foi gravada e demonstrou a queda na concentração de um dos principais químicos associados ao stresse (norepinefrina). Os resultados foram publicados na «Current Biology» e indicam que, ao processar emoções na ausência deste químico, acordamos no dia seguinte com uma carga emocional bastante aliviada de experiências perturbadoras.

Maria Oliveira


terça-feira, 22 de maio de 2012

Cleptomania?

Evolução do Roubo
Cleptomania é um termo vulgarmente utilizado para designar um roubo patológico.
Esta doença tem como característica essencial o fracasso recorrente em resistir a impulsos de roubar objetos, mesmo estes não sendo necessários ou não tendo um valor monetário significativo.

Os indivíduos vivenciam um sentimento de crescente tensão antes do roubo e sentem prazer, satisfação ou alívio ao cometer o furto. O roubo não é cometido por vingança, nem em momento delírio ou alucinação.
Como disse anteriormente, os objetos tem um valor monetário muito reduzido, e normalmente é oferecido a alguém próximo ou até deitado fora, sendo este ato cleptomaníaco praticado sempre por um só indivíduo sem qualquer planeamento prévio.
A cleptomania do ponto de vista psicanalítico é uma somatização psicogénica por autocompensação que origina uma tendência contínua de roubar. A professora Elizabeth Moreschi da Faculdade de Pato Branco (FADEP), explica que, quando um impulso entra em contato com as funções cerebrais, primeiro acontece a reflexão e, só depois, a ação (a decisão de realizar o ato ou não). Na cleptomania, a pessoa não entra no estágio de reflexão. No instante em que tem o impulso, já realiza o ato, sem levar em conta as suas consequências.
Normalmente, este processo inicia-se na infância e a criança autocompensa-se com "coisas" consoante o estado psíquico do momento por uma profunda falta de afeto, uma carência de carinho e atenção, que a leva por vezes ao desespero, um perfeito descontrolo e uma ansiedade desenfreada, preferindo esta ser castigada a ser ignorada.
As tão conhecidas Lindsay Lohan e Lady Gaga são consideradas cleptomaníacas.

Contudo, neste momento de crise intensa, neste momento em que toda a ajuda é bem-vinda, em que há falta de emprego e consequentemente dinheiro, muitas pessoas recorrem ao roubo em supermercados, lojas de roupa, calçado e em muitos outros locais, para conseguirem algo que lhes faz falta. Apesar de popularmente se dizer que "roubar para comer não é pecado", não é só comida que estas pessoas roubam e aproveitam-se da crise para dizer que são cleptomaníacas.
Sendo assim, a cleptomania deve ser diferenciada destes atos comuns de roubo ou furtos em lojas, já que estes são deliberados e motivados pela utilidade do objeto ou pelo seu valor monetário, até porque se assim não fosse, não havia a palavra ministro mas sim cleptomaníaco.

Joaquim Oliveira

Cantar faz bem ao corpo e à Mente!


Como se costuma afirmar: “quem canta, seus males espanta”, mas com a evolução da sociedade podemos transpor este simples provérbio para algo mais factual. Cantar faz realmente bem à saúde (tanto a nível corporal como mental e, é claro, a nível espiritual). Cantar não é apenas uma das formas de expressão mais antigas do ser humano, mas também pode curar muitos males, garantem cada vez mais médicos, que recomendam a prática do canto com frequência, apesar de os estudos sobre seus efeitos benéficos sejam relativamente recentes.

Segundo várias pesquisas da doutora Gertraud Berka-Schmid (psicoterapeuta e professora da Universidade de Música e Artes de Viena) afirma que "Cantar é a respiração estruturada", explicando que o efeito fisiológico da respiração abdominal - a mais profunda - prevalece quando se canta, transformando-se numa espécie de massagem para o nosso intestino e num alívio para o coração. Além disto, garante a doutora, essa mesma respiração fornece ar adicional aos alvéolos pulmonares, impulsiona a circulação sanguínea e pode até melhorar a concentração e a memória.

Do ponto de vista da especialista, cantar é um excelente remédio para os males específicos dos dias de hoje, sendo que equilibra o sistema neurovegetativo e reforça a atividade dos nervos parassimpáticos (responsáveis pelo relaxamento do corpo). Este exercício vocal gera harmonia psíquica e fortalece o sistema imunitário, auxiliando em vários problemas como: transtornos a nível do sono, doenças circulatórias e a síndrome de burnout – a exaustão emocional.

Um estímulo nervoso excessivo pode levar a consequências como o isolamento e a acumulação de agressividade, estando então provado que o ser humano, através da voz, é capaz de expressar os seus sentimentos de tal maneira que pode desfazer um conjunto de más sensações. A respiração varia de acordo com as emoções do momento, pois quem está mais inquieto, por exemplo, tende a respirar de forma diferente daquele que se encontra triste. Na prática, observou-se que pacientes com Alzheimer, graças a uma música conhecida, recuperaram algumas lembranças, e pessoas apoplexia conseguiram voltar a falar através do canto, segundo a especialista. Em suma, o canto é uma ótima forma de eliminar o stress e auxiliar nalgumas funções vitais tanto a nível corporal como mental e, por isso, proibir as crianças de cantar porque "não sabem" é estar a privar a sua capacidade de "personificação" e o acesso à experiência do som.

Cesarina Ferreira

domingo, 20 de maio de 2012

Eu mando, tu obedeces!



No início da década de 70, Stanley Milgram interrogava-se sobre o processo que teria levado os militares alemães a exterminarem cerca de seis milhões de judeus e ainda sobre o massacre de May Lai, onde centenas de mulheres, homens e crianças teriam sido assassinados na cidade vietnamita May Lai por soldados do exército americano.
Desenvolve então uma experiência no âmbito da influência social: a submissão à autoridade.
Esta experiência consistiu em recrutar voluntários entre os 20 e os 50 anos, sendo que seriam remunerados no final. Inicialmente foi feito um sorteio no qual se decidia quem era o aluno (que levaria com choques se respondesse erradamente às questões) e o professor (que fazia as questões e exercia os choques no aluno caso este errasse). A descarga dos choques variava entre os 15 e 450 volts.
Obviamente a descarga nunca era real, apesar dos alunos simularem o sofrimento.
No fim da experiência, e depois de se registarem todos os desconfortos dos "professores", estes foram entrevistados e responderem que não teriam escolha, que apenas obedeciam a ordens, que a responsabilidade era do experimentador, tal como responderam os soldados alemães e americanos.
As condições que favorecem o comportamento obediente são, a proximidade com a figura obediente, isto é, quanto mais próximo fisicamente a figura de autoridade estiver de mim mais rapidamente obedecemos. Temos também a legitimidade da figura de autoridade, onde prevalece o quão conhecido ou não é essa pessoa. É legítimo considerar ainda a proximidade com que estamos sobre a vítima da nossa punição. E por último a pressão do grupo, na qual dois sujeitos se recusavam a obedecer à autoridade, influenciando o resto do grupo.
Este estudo indica que a obediência é uma manifestação da influência grupal que acontece quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas ações que praticam sob ordens de alguém com autoridade, considerando que essa pessoa de autoridade é a responsável pelas consequências dos seus atos. As pessoas são influenciadas a comportarem-se de determinado modo através da aceitação de ordens que sentem a obrigação de cumprir, assim como acontece em toda a nossa vida. 


Joaquim Oliveira


O Medo

Afirma-se que o medo é o maior inimigo do homem. O medo está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento na nossa mente e que nós próprios temos medo dos nossos pensamentos. 
Por exemplo, um menino pode ficar paralisado pelo medo quando lhes dizem que há um homem mau debaixo da sua cama e que vai levá-lo, Quando o pai acende a luz e mostra-lhe que não há ninguém ele liberta-se do medo. O medo na mente do menino foi tão real como se houvesse de facto um homem debaixo da cama. 

Ele curou-se do pensamento falso que tinha na sua mente e a coisa que temia, na verdade, não existia. Da mesma forma, a maioria dos seus medos não têm base na realidade. Constitui apenas um conjunto de sombras sinistras e as sombras não têm realidade. 
Nós nascemos apenas com dois tipos de medos: o medo de cair e o medo do barulho. Todos os outros medos vão adquirindo-se ao longo da vida. O medo normal é bom, o medo anormal é mau e destrutivo. Permitir constantemente os pensamentos de medo ocasiona o medo anormal, obsessões e complexos. Temer alguma coisa persistentemente provoca um sentimento de pânico e terror. Nós podemos superar o medo anormal quando se sabe que o poder do subconsciente pode mudar os condicionamentos e realizar os desejos acumulados pelo nosso coração. 

"Faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa." Ralph Waldo Elerson

Luís Lopes

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Atitude



 Atitude é a forma de agir ou ainda a maneira de significar um propósito (por exemplo, uma atitude ameaçadora). A outra definição prende-se com a postura/a posição do corpo: seja de um ser humano (quando se trata de uma posição que expressa algo com eficácia ou quando é determinada pelos movimentos do ânimo) ou de um animal (quando quer chamar a atenção por algum motivo).

A atitude também pode ser definida como um estado de disposição nervosa e mental, que é organizado através da experiência e que exerce um influxo dinâmico ou orientador sobre as respostas apresentadas pelo indivíduo perante os objectos e as situações.
Como tal, a atitude é antes uma motivação social do que mais propriamente uma motivação biológica. É uma pré-disposição aprendida/adquirida para responder de forma consistente a um objecto social. Por isso, a psicologia social analisa as atitudes para antever condutas. Ao observar as atitudes de um sujeito, pode-se prever a forma como se irá comportar.
Foram distinguidos três componentes das atitudes: a cognitiva (formada pelas percepções e crenças relativamente a um objecto, bem como pela informação que temos sobre o mesmo), a afectiva (o sentimento a favor ou contra um objecto consoante aquilo que este nos suscita) e a comportamental (a tendência a reagir, podendo ser ou não favorável, face aos objectos).
As atitudes cumprem com várias funções na vida social, sejam elas instrumentais, expressivas, de adaptação social ou defensivas, por exemplo.
Rui Leitão

terça-feira, 8 de maio de 2012

Conformismo


O conformismo do ser humano em relação ao meio em que ele vive é muito grande, a sua forma de opnar muitas vezes fica entregue ás opiniões alheias, o que prova que por mais que seja simples as resoluções, infelizmente ele procura a aprovação de terceiros e vê-se completamente mais satisfeito em agradar todo o grupo do que contraria-lo.  

O conformismo do sujeito será aumentado se reforçarmos a dependência do indivíduo em relação ao grupo: por exemplo, se o grupo é apresentado como particularmente atraente, o indivíduo deseja integrar-se nele.

Solomon Asch fez uma experiência em que 8 sujeitos foram colocados diante de um quadro com varias cartolinas. Cada cartolina continha do lado esquerdo um linha vertical e à direita três linhas verticais de comprimentos diferentes, numeradas de 1 a 3, uma das quais representava a linha de base.
No grupo experimental, apenas um dos sujeitos é o verdadeiro sujeito experimental, e por isso é o sujeito ingénuo, enquanto os restantes 7, são comparsas do experimentador. Cada um dos sujeitos dá a avaliação em voz alta, sendo que os comparsas dão doze respostas erradas em dezoito ensaios experimentais. Estes respondem antes do sujeito. Deste modo, o sujeito ingénuo encontra-se numa posição minoritária e, apesar de não existir qualquer tipo de pressão explícita por parte do grupo, este chega a cometer erros que atingem os 5 cm.
Como resultados, Asch obteve que 50% dos indivíduos experimentais não contrariam o grupo, 25% dos indivíduos contrariaram o grupo e deram respostas corretas e 33% seria então, a taxa de conformidade.






Ana Martins