terça-feira, 22 de maio de 2012

Cleptomania?

Evolução do Roubo
Cleptomania é um termo vulgarmente utilizado para designar um roubo patológico.
Esta doença tem como característica essencial o fracasso recorrente em resistir a impulsos de roubar objetos, mesmo estes não sendo necessários ou não tendo um valor monetário significativo.

Os indivíduos vivenciam um sentimento de crescente tensão antes do roubo e sentem prazer, satisfação ou alívio ao cometer o furto. O roubo não é cometido por vingança, nem em momento delírio ou alucinação.
Como disse anteriormente, os objetos tem um valor monetário muito reduzido, e normalmente é oferecido a alguém próximo ou até deitado fora, sendo este ato cleptomaníaco praticado sempre por um só indivíduo sem qualquer planeamento prévio.
A cleptomania do ponto de vista psicanalítico é uma somatização psicogénica por autocompensação que origina uma tendência contínua de roubar. A professora Elizabeth Moreschi da Faculdade de Pato Branco (FADEP), explica que, quando um impulso entra em contato com as funções cerebrais, primeiro acontece a reflexão e, só depois, a ação (a decisão de realizar o ato ou não). Na cleptomania, a pessoa não entra no estágio de reflexão. No instante em que tem o impulso, já realiza o ato, sem levar em conta as suas consequências.
Normalmente, este processo inicia-se na infância e a criança autocompensa-se com "coisas" consoante o estado psíquico do momento por uma profunda falta de afeto, uma carência de carinho e atenção, que a leva por vezes ao desespero, um perfeito descontrolo e uma ansiedade desenfreada, preferindo esta ser castigada a ser ignorada.
As tão conhecidas Lindsay Lohan e Lady Gaga são consideradas cleptomaníacas.

Contudo, neste momento de crise intensa, neste momento em que toda a ajuda é bem-vinda, em que há falta de emprego e consequentemente dinheiro, muitas pessoas recorrem ao roubo em supermercados, lojas de roupa, calçado e em muitos outros locais, para conseguirem algo que lhes faz falta. Apesar de popularmente se dizer que "roubar para comer não é pecado", não é só comida que estas pessoas roubam e aproveitam-se da crise para dizer que são cleptomaníacas.
Sendo assim, a cleptomania deve ser diferenciada destes atos comuns de roubo ou furtos em lojas, já que estes são deliberados e motivados pela utilidade do objeto ou pelo seu valor monetário, até porque se assim não fosse, não havia a palavra ministro mas sim cleptomaníaco.

Joaquim Oliveira

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