sábado, 26 de maio de 2012

"Nascidos digitais"

Numa pesquisa feita no âmbito das novas tecnologias, concluiu-se que pessoas nascidas depois de 1980 são multitarefadas e capazes de realizar várias atividades ao mesmo tempo. Estas, que nasceram conectadas à Internet, veem televisão, fazem os trabalhos de casa, partilham ideias nas redes sociais e ainda ouvem música, tudo ao mesmo tempo. O rendimento escolar é uma das áreas mais afetadas por este estilo de vida.
Ainda com esta mesma pesquisa, pode-se afirmar que estas pessoas, jovens, nascidos na era digital, alternam os meios de comunicação (Internet, tablets, smartphones, TV, revistas, consolas, entre outros) em média 27 vezes por hora. A constante alteração entre dispositivos mudam a maneira como estes jovens se focam nas tarefas a desempenhar. A sua atenção está cada vez mais superficial e menos concentrada. Os impactos nas questões sociais, educacionais e no mercado de trabalho são já notáveis.
Muitos destes encontram na Internet a possibilidade de serem autodidatas, isto é, que têm a capacidade de aprenderem sozinhos e apenas aquilo que é de interesse individual.
Os múltiplos estímulos, como os vídeos, os blogs e os fóruns de discussões, facilitam o processo de aprendizagem sobre os assuntos selecionados pelos jovens. 
Isto é excelente para o crescimento pessoal desses jovens, mas gera uma concorrência indisputável com as tradicionais aulas de matemática e geografia, por exemplo.
Novos métodos de ensino, mais dinâmicos e chamativos, terão de conquistar os jovens dentro das salas de aulas. Essa adaptação à cultura digital já começou a acontecer. Uma delas é o Youtube que para educar dispõe de vídeos educacionais dos mais variados temas. 
Muitas pessoas confundem o estilo de vida com o Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH), um problema de saúde mental que se caracteriza por um padrão de desatenção e hiperatividade elevado. 
Algumas curiosidades acerca destes jovens: 54% destes "nascidos digitais" preferem mandar mensagens de texto a falar com as pessoas por telefone; 65% levam os seus telemóveis para qualquer lado que vão; é possível que as empresas atribuam cada vez, aos seus funcionários mais jovens, o desenvolvimento de estratégias de marketing e média que se adequem ao comportamento dessa geração; são mais propensos a desenvolverem a nomofobia, o medo de ficar sem telemóvel ou qualquer outro aparelho de comunicação móvel.

Joaquim Oliveira

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