terça-feira, 8 de novembro de 2011

Abordagem Behaviorista - J. B. Watson



John Broadus Watson (1878-1958), um dos mais importantes psicólogos americanos, tornou-se o pai da psicologia do comportamento ou simplesmente "behaviorismo" (uma das correntes mais importantes do séc. XX), ao publicar o artigo "A Psicologia como um behaviorista a vê". Este artigo apresentava a Psicologia como uma "teoria e método de investigação psicológico que procura examinar mais objetivamente o comportamento humano e animal, com especial atenção aos factos objetivos (estímulos e reações)" com a finalidade de estabelecer leis gerais (estatísticas) do comportamento, sem fazer recurso à introspeção (defendida por Wundt). O behaviorismo é um conceito generalizado que engloba as mais diversas teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia.

De facto, o que esta teoria defende, é que o comportamento é caracterizado pela resposta dada a estímulos externos, isto é, nós não herdamos comportamentos, medos, nós não tememos algo apenas porque os nossos pais também o temiam, nós temos essa sensação depois de ter experienciado uma situação ou ter adquirido "hábitos" num ambiente concreto que nos fez repudiar alguma coisa. Watson não nega o estudo da consciência, mas insiste em que "estas experiências internas não podem ser objeto da ciência por não serem objetivamente observáveis".

Numa ideia mais generalizada, o behaviorismo relaciona o comportamento animal com o comportamento humano, colocando a Psicologia ao nível das outras ciências experimentais como, por exemplo, a física.
A mais importante e conhecida das experiências de John Watson, terá sido o caso da experiência do bebé Albert em 1920, que consistia em colocar um bebé sentado juntamente com a sua mãe (para lhe oferecer proteção), e gradualmente iam sujeitando o pequeno Albert a animais, que normalmente são repudiados pelos bébes ou até pelas pessoas mais adultas, mas Watson prova que tudo é influenciado pelo ambiente, somente pelo ambiente, como podemos então verificar no seguinte video:



Uma das maiores críticas à corrente behaviorista assenta no facto de os seus defensores excluírem os fatores genéticos como determinantes do comportamento humano, contrariando assim o que foi afirmado pelos geneticistas e maturacionistas.

Joaquim Oliveira

3 comentários:

  1. O artigo está organizado e bem elaborado. Abordaste um autor que representa um importante marco na História da Psicologia e explicaste a sua perspetiva, as suas ideias e interpretações. A utilização de uma linguagem simples e correta facilita a compreensão por parte do leitor. O vídeo que colocaste torna o artigo ainda mais apelativo, na medida em que desperta a nossa curiosidade.

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  2. Lá andamos nós às voltas com a questão da paternidade... Certo que é uma questão (a da paternidade) académica e com pouco interesse prático. Sem dúvida, o behaviorismo foi, e é ainda, uma corrente incontornável da psicologia moderna. É claro, no entanto, que a importância dos genes não pode ser descartada tão facilmente, como sabes...

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  3. Muito bom Joaquim, curto e objectivo, é assim mesmo, continuação de um bom trabalho

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