domingo, 27 de novembro de 2011

Construtivismo de Piaget

Psicólogo e epistemólogo dos processos mentais (mais concretamente cognitivos), nasceu na Suíça, em Neuchêtel, no dia 9 de Agosto de 1896. Jean William Fritz Piaget, realizou o seu doutoramento em zoologia e estudou psicologia, simultaneamente com psiquiatria, em Zurique. 
Psicólogo que se tornou mundialmente conhecido pelos seus trabalhos acerca do desenvolvimento do pensamento e da linguagem na criança (Piaget priviligia o estudo de um único caso, no entanto executando-o intensivamente), contribuindo, deste modo, para o estudo do mecanismo geral da inteligência adulta (tendo, anteriormente, elaborado um conjunto de pesquisas sobre a estrutura da inteligência no Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra). Piaget efetuou então, essa mesma investigação, recorrendo à observação dos processos comportamentais das crianças, no seu ambiente natural. Ou seja, em locais nos quais estas não se sentissem observadas ou até mesmo constrangidas em prol de uma análise mais fiel – sem mudanças de comportamento (visto que isso poderia acontecer se se encontrassem em circunstâncias diferentes das habituais).
Na generalidade, os seus estudos incidem sobre a forma como se constrói o conhecimento e a génese das estruturas psico-cognitivas e afetivas dos indivíduos, processo que, de acordo com Piaget, ocorre segundo determinados estádios de desenvolvimento, com uma sucessão previsível. Estes estádios ou etapas caracterizam diferentes momentos da evolução física, intelectual e social de cada ser humano e constroem-se, segundo este autor, através de “uma calibragem progressiva, uma passagem perpétua de um estado de menor equilíbrio a um estado de equilíbrio superior”. São, então, estas etapas que constituem um processo que é denominado de construtivismo de Piaget. Este processo, apoia-se em estruturas cognitivas que se vão interligando, numa sucessão significativamente regular, flexível e cada vez mais complexa.
Desta forma, o construtivismo salienta a capacidade que cada pessoa tem em construir o seu próprio processo evolutivo e de aprendizagem, o qual tem um forte influência e relação direta com o meio, nomeadamente no que diz respeito à interação estabelecida com os objetos, acontecimentos e pessoas, ao longo do tempo (como resposta a estímulos exteriores). É aqui, nesta mesma interação que surge a óbvia oposição ao behaviorismo que, por sua vez dá ao meio um papel muito mais importante, colocando o individuo como um recetor passivo na influência do ambiente no qual está inserido.
 No crescimento cognitivo, Jean chama a atenção para a atividade da criança sobre o seu meio ambiente, que resulta por um lado, do seu interesse, curiosidade e necessidade de ação, e por outro, das estruturas físicas e psíquicas que possui. Assim, verifica-se uma relação estreita entre a constituição e desenvolvimento do individuo (o que a criança é capaz de fazer fisicamente) e a evolução pensante, como meio de compreensão do mundo que o rodeia. Assim sendo, para este psicólogo, um ser humano para ser considerado adulto necessita de “preencher” alguns requisitos a vários níveis. Ser adulto, do ponto de vista fisiológico, é ter a capacidade de ser reproduzir. Já do ponto de vista psicológico, o individuo tem de ser capaz de perspetivar o seu futuro, de saber lidar com o sentido de responsabilidade e de conseguir formar laços afetivos com as pessoas que mais se idêntica. Cognitivamente, ser adulto é sinónimo da realização de processos mentais mais complexos, extrapolando do concreto e elaborando associações de conhecimentos que se interligam.
 Este conjunto de “requisitos” é a prova teórica da prespetiva psicóloga de Piaget em relação ao pensamento humano (processos mentais). É, sem dúvida, uma perspetiva evolutiva que rejeita, de certa forma, a teoria da “tábua rasa”, visto que o individuo não se deixa influenciar passivamente pelo meio – interage com o mesmo.

Cesarina Ferreira

2 comentários:

  1. Bem organizado, objectivo, e bastante interessante, muito bom Cesarina, bom trabalho, acho que conseguis-te fazer um trabalho bastante apelativo

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  2. Cesarina,o teu trabalho está muito bom na medida em que quem o ler irá compreender bastante bem a teoria construtivista ou cognitivista de Piaget.
    Bom Trabalho! Continua assim...

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