Os homens e as mulheres são diferentes por natureza, é certo que todos temos essa noção. Todavia, para além das diferenças anatómicas externas e dos caracteres sexuais primários e secundários, existem também outras diferenças relativamente à forma como o cérebro feminino e masculino processam a informação, a linguagem, as emoções, o conhecimento, entre outras coisas. Talvez esta seja uma explicação para o facto de existirem mais homens cientistas, engenheiros mecânicos, matemáticos e arquitetos do que mulheres.
Vários estudos demonstram que as mulheres apresentam um desempenho superior em relações humanas e tendem a ser melhores ao nível da comunicação e da proteção. Têm maior aptidão para expressar emoções e para recordar detalhes de eventos emocionais.
Vários estudos demonstram que as mulheres apresentam um desempenho superior em relações humanas e tendem a ser melhores ao nível da comunicação e da proteção. Têm maior aptidão para expressar emoções e para recordar detalhes de eventos emocionais.
Os homens, por sua vez, tendem para áreas relacionadas com a capacidade de independência e de dominação. Os seus neurónios estão mais concentrados em áreas que comandam o sexo e a agressividade. Enquanto que os homens têm força corporal para serem capazes de competir com outros homens, as mulheres utilizam a linguagem para obter vantagens sociais, através da persuasão e da argumentação.
No entanto, o cérebro masculino e o cérebro feminino apresentam também uma série de diferenças fisiológicas e, embora sejam anatomicamente semelhantes, são muito diferentes a nível funcional. O cérebro das mulheres é aproximadamente 10% menor do que o dos homens. Porém, possui um maior número de ligações entre as células nervosas. O lóbulo parietal inferior (uma área que envolve atividades matemáticas), é maior no cérebro dos homens, pelo que estes costumam ser melhores em funções matemáticas. Já as mulheres, são bem sucedidas em tarefas verbais.
A baixa produção da substância química serotonina pelo cérebro feminino faz com que as mulheres estejam mais sujeitas a sentir depressão. As mulheres são ainda mais emotivas e expressam mais facilmente os seus sentimentos, pois o seu sistema límbico é mais desenvolvido que o dos homens. Por fim, o cérebro masculino é programado para a compreensão, enquanto que o feminino é mais voltado para a empatia.
Ao tomarmos conhecimento de toda esta informação, a pergunta que surge muitas vezes é: Afinal, o que é que originou estas diferenças de género em função e estrutura? A Sociedade de Neurociência propõe a seguinte resposta: “Em épocas muito antigas, cada sexo tinha um papel muito específico que ajudaria a assegurar a sobrevivência da espécie. Os homens da caverna caçavam e as mulheres recolhiam comida e cuidavam das crianças. As áreas do cérebro podem ter sido desenvolvidas de modo a que cada sexo realizasse as suas respetivas tarefas.”
Por isso, apesar de todas estas diferenças, podemos concluir que o homem e a mulher se complementam. Como tal, penso que o conhecimento destas diferenças estruturais e funcionais é muito importante, na medida em que nos torna mais aptos para corrigir as nossas fraquezas e para aperfeiçoar as nossas habilidades e competências. Permite também uma maior compreensão das características que nos distinguem, tirando assim um melhor proveito dos nossos relacionamentos.
Penso que cada género tem as suas particularidades e isso não é necessariamente um aspeto negativo. É claro que nem todas as diferenças são absolutas, aliás, muitas delas variam de acordo com a personalidade de cada um. Mas haverá sempre diferenças, pelo que é fundamental saber reconhecê-las, não só para nos respeitarmos mutuamente, mas também para que nos conheçamos melhor a nós próprios.
Aqui está uma apresentação de Mark Gungor acerca das características do cérebro masculino e feminino. Esta apresentação, embora não seja cientificamente correta, joga de forma divertida e perspicaz com os estereótipos sócio-culturais dos nossos dias.
Aqui está uma apresentação de Mark Gungor acerca das características do cérebro masculino e feminino. Esta apresentação, embora não seja cientificamente correta, joga de forma divertida e perspicaz com os estereótipos sócio-culturais dos nossos dias.
Maria Oliveira
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