O seu estudo é principalmente centrado em compreender como o aprendiz passa de um estado de menor conhecimento a outro de maior conhecimento, o que está intimamente relacionado com o desenvolvimento pessoal do indivíduo.
Para este teórico o sujeito é um elemento ativo no processo de conhecer, isto é, é um elemento decisivo nas mudanças que ocorrem nas estruturas do conhecimento, da inteligência Assim o conhecimento é um processo dinâmico há permanentemente interação entre o sujeito e o objeto não sendo possível separa-los. Este processo de interação decorre em etapas sequenciais que Piaget designa por estádios de desenvolvimento cognitivo (sensório-motor vai do nascimento até aos 18 meses; pré-operatório começa com a linguagem e vai até aos 7 anos; operações concretas vai dos 7 aos 12 anos, a criança é capaz de raciocinar sobre objetos manipuláveis; operações formais surge por volta dos 12 anos, a criança é capaz de raciocinar sobre hipóteses, sobre proposições).
No entanto Piaget aponta a existência de alguns fatores que condicionam o desenvolvimento cognitivo como são o caso da hereditariedade, da transmissão social, da experiência física e da equilibração.
Para Piaget, conhecer é agir e transformar os objetos. O conhecimento não se reduz ao simples registo feito pelo sujeito dos dados já organizados no mundo exterior. O sujeito apreende e interpreta o mundo, através das suas estruturas cognitivas. Mas o sujeito não se encontra apetrechado com estruturas inatas. Essas estruturas são formadas graças à atividade do sujeito no contato com o meio que está em devir permanente. O teórico afirma que o desenvolvimento do ser deve tratar-se de uma análise do todo, pois a análise de uma parte não nos dirá muito acerca das restantes. Nesta teoria o meio é claramente passivo e o sujeito é ativo.
Ana Martins
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