quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Brainstorm


A nossa mente, mais especificamente o nosso cérebro contém muitas particularidades. E apesar de estarmos a progredir no sentido positivo de as desvendar, ainda nos falta percorrer um longo caminho até conseguirmos entender na totalidade as atividades desta máquina perfeita que comanda todas as funções vitais do corpo humano. Sendo então o cérebro o nosso principal órgão (sem querer retirar importância a todos os outros, como é óbvio), a sua complexidade despertou desde cedo o interesse de muitos cientistas que realizaram inúmeros testes em prol da melhor compreensão do mesmo.

Contudo, como o estudo deste elemento do nosso corpo é tão atraente e intrigante, apelou até à atenção de um mundialmente famoso publicitário – Alex Osborn. Proveniente dos Estados Unidos e também o autor de uma importante técnica de criatividade denominada brainstorming.
Mas o que é então isto de “Brainstorm”? É um termo oriundo da língua inglesa e pode ser traduzido como “tempestade de ideias”. Basicamente, é uma técnica que atualmente é utilizada por muitos profissionais e consiste numa exploração de ideias, visando a obtenção das melhores soluções (para uma qualquer situação mais ou menos pertinente e/ou relevante) a partir de um grupo de pessoas. Ou seja, esta técnica reside num espécie de “chuva de palpites” que pode favorecer ou não o surgimento de ideias novas que ajudem a resolver dilemas do dia-a-dia em sociedade.

 Uma particularidade interessante deste processo é o facto de ser obrigatória a ausência de julgamentos ou de autocríticas. O que significa que todas as ideias são aceites mesmo que aparentemente absurdas. O objetivo é, então incentivar o grupo a libertar todo o seu conhecimento e criatividade, sem barreiras ou restrições. Este facto vai desenvolver a espontaneidade de cada um possibilitando assim um maior leque de soluções ou respostas em relação a uma determinada circunstância.
Com este método, para além de (quase sempre) se alcançar ideias de qualidade (tendo em conta, é claro, as características do grupo escolhido para realizar a atividade), há também a vantagem do mérito ser distribuído, visto que é o resultado de um trabalho em equipa.
Esta técnica foi então elaborada, pela primeira vez por Alex Osborn com a propósito de conseguir obter boas estratégias publicitárias. No entanto, este senhor não se apercebeu que ao desenvolver esta técnica, estava também a estudar aspetos interessantes da mente humana.  Com a obrigatoriedade da ausência de de julgamentos e autocríticas, os indivíduos do grupo dizem, quase que inconscientemente, tudo aquilo que lhes pareça relevante mesmo que completamente inesperado (e por isso mesmo, muitas vezes, inovador). Facto que demonstra que o ser humano, inúmeras vezes, se retrai, inibindo (ou recalcando) assim as ideias que à partida lhe parecem inúteis e completamente descabidas.
Cesarina Ferreira

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