domingo, 15 de janeiro de 2012

Como nos viciamos?


Um vício é um hábito repetitivo que causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. Este termo também é utilizado de uma forma descontraída e de aceitação total, por exemplo, “Viciado em chocolate”.
O oposto de “vício” é “virtude”, tendo Margaret Mead dito que “A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”
Muitas pesquisas encontram uma relação direta entre prazer (imediato) e dependência, e o poder de atração para um novo ciclo de prazer-depressão, característico de todas as formas de vício.
Dessa forma, apesar de este comportamento ser explicado biologicamente, a sua avaliação social é paralela aos conceitos de mau, incorreto, indecente, antinatural, arriscado, doentio, perigoso, fatal.
De qualquer maneira, o vício é um conceito composto e indissociável, formado por diversas aceções que se sobrepõem aos mais diversos campos da ciência, mas filosoficamente isto é contraditório, já que o conceito de ciência não prescinde de moral ou ética. Para além disso, é um conceito contemporâneo (da forma como o conhecemos) que não existia há algumas décadas, sendo um complexo real e imaginário em torno da individualidade.
Por outro lado, quando se trata de dependência, seja ela física, psicossocial ou ambas, há grandes possibilidades de se encontrar medicamentos definitivos e de grande qualidade, que eliminem o vício nas suas diversas formas.
Para a psicologia comportamental o vício é o resultado de uma construção orgânica, desencadeada pelo reforço de uma relação entre estímulo e prazer químico, ou ainda, é uma questão puramente biológica, em detrimento da abordagem simbólico-linguística que a psicanálise Lacaniana (psicanalista francês) enuncia.
As pesquisas dessa linha de conhecimento fornecem dados a partir de experimentos com animais menos desenvolvidos psicologicamente que o homem como ratos, gatos e cães e outros animais, que não possuem realidade social, individualidade ou autoconsciência, como ocorre nos seres humanos.

Joaquim Oliveira

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